"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz". Isaías 9:6

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

DESERTO


“(...) Antes de trabalhar por meio de nós, Deus trabalha em nós. Antes de Deus nos usar, ele nos molda. Nós somos nossas próprias ferramentas, e elas precisam estar afiadas. O sofrimento é o fogo que nos depura, limpa-nos e fortalece-nos. Pelo sofrimento, Deus leva-nos para o deserto, mas o deserto não nos destrói. O deserto é a escola superior do Espírito Santo, onde Deus nos treina. No deserto aprendemos a depender mais do provedor do que da provisão. No deserto Deus trabalha em nós antes de trabalhar por meio de nós. Os maiores líderes de Deus foram treinados no deserto. José do Egito foi provado no deserto da prisão antes de ser conduzido ao palácio. O profeta Elias escondeu-se no deserto e, depois, foi jogado na fornalha em Sarepta antes de triunfar no monte Carmelo. Até mesmo o Filho de Deus aprendeu pelas coisas que sofreu.

(...) As angústia pelas quais passamos são pedagógicas. Deus não desperdiça sofrimento na vida de seus filhos. Nossas angustias têm um propósito. Nossas feridas tornam-se fontes de consolo. Nossas lágrimas tornam-se óleo terapêutico. Nossas experiências, instrumentos de encorajamento para outras pessoas. As dificuldades que Paulo passou não foram um castigo por algo que ele havia feito, mas sim uma preparação para algo que ainda faria: ministrar aos necessitados.

João Calvino diz que o apóstolo Paulo viveu não para si mesmo, mas para a Igreja. E viveu de tal forma que os favores concedidos por Deus a ele, foram concedidos não para benefício próprio, mas para capacitá-lo a ajudar outros. Na mesma linha de pensamento, William MacDonald diz que na medida em que somos confortados devemos procurar outros para passar essa consolação. Não deveríamos nos esquivar das enfermarias dos hospitais nem das casas do luto, antes deveríamos nos apressar para estar ao lado daqueles que precisam de encorajamento. Não somos confortados para vivermos confortáveis, mas para sermos confortadores. O crente precisa ser como o mar da Galiléia e não como o mar Morto. O primeiro recebe as águas do rio Jordão e as distribui. O segundo recebe as mesmas águas e as retém só para si. O primeiro é um lugar de vida, o segundo um recinto de morte.

Russel Norman Champlin, citando Adam Clark, escreve:

Que miserável pregador deve ser aquele cuja prática piedosa tenha sido adquirida pelo estudo e pela erudição, nunca pela experiência! Se a sua alma não houver passado por toda a dor de parto de regeneração, se o seu coração não tiver sentido o amor de Deus derramado pelo Espírito Santo, não poderá ele nem instruir aos ignorantes e nem consolar aos aflitos."


Fonte: Livro – 2 CORÍNTIOS O triunfo de um homem de Deus diante das dificuldades, de Hermanes Dias Lopes – Editora Hagnos.

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